Antes de remeter-se a problemática do evangelho da auto-estima, devo esclarecer que tenho convicção que este texto, onde expresso minhas reflexões, não se trata de apologia ao desleixo, descuido de si, pelo contrário, devemos cuidar da nossa casa espiritual, onde habita o Espírito Santo.
O evangelho da auta-estima faz parte da cultura cristã. É comum gravitarmos para os ensinos que nos afagam e nos fazem sentir bem. Amamos os profetas do “amor”, mas esquecemos que quem ama corrige.
Algum dia, descobrimos que o evangelho fácil, voltado para massagear nosso ego, através de ensinos, até Biblicos, mas superficiais oferecem somente alívio temporário para nossas vidas e, por fim, eles não nos leva a obter a plena verdade que nos liberta.
A cultura da auto-estima, principalmente quando se trata do exterior das pessoas, esta impregnada na grande maioria dos cristãos do mesmo modo que nos não cristãos.
Quando o assunto é casamento, namoro, até parece que o fundamento de tais relacionamentos é a auto-estima exterior.
Já mencionei certa vez em um de meus posts sobre um comentário de uma amiga a respeito do divórcio de um casal de nossa igreja. Demonstrando convicção ela exclamou: - “que pena eles se separarem! Também, aquela mulher não se arrumava, Se vestia de um jeito...”
Eu havia tomado conhecimento dos fatos (em partes) que precederam o divórcio, bem como conheço o que a Bìblia nos ensina sobre casamento, lamentei o comentário leviano e infundado da querida amiga.
Infelizmente, pensamento como este, é comum nas nossas igrejas. Vemos mulheres que gastam o que não tem com infinidades de apetrechos para agradarem seus maridos, como se isto fossem garantia de amor e fidelidade.
Se refletirmos um pouquinho, avaliássemos a vida de pessoas conhecidas, famosas ou não, perceberíamos que a fundação de um casamento sólido está muito além do exterior de um casal. A exemplo, uma das mulheres que acho que tem uma beleza atípica, sempre bem arrumada, melhores roupas, sempre malhada, (do “tipo mulherão”, de acordo com o linguajar por aí). Trata-se da atriz Julia Robert. Ao tomar conhecimento de seu histórico no que tange a relacionamentos, nos deparamos com um currículo marcado por divórcios, frustrações e solidão.
Bem ao nosso lado, no convívio diário, nos deparamos com homens e mulheres(do tipo bonitões) que clamam por um relacionamento sólido, haja visto que sonham em se casar e parece que a “felicidade” foge deles.
O evangelho da auto-estima não nos adverte que : SEM DEUS, NADA PODEMOS FAZER.
As pessoas adeptas dessa fé que idolatra o homem se esquecem que a beleza física da juventude é passageira, logo, certamente, se casam esperando se divorciarem quando as rugas aparecerem, os cabelos brancos, o corpo que por mais bem cuidado, após uma, duas, cinco gravidez, nunca voltará a ser o mesmo.
O evangelho da auto-estima, cultua o homem, não apenas seu exterior, mas por completo. É um evangelho sem cruz, uma espiritualidade UMBIGOcentirica.
Para sermos imagem e semelhança de Deus, Ele não nos estabeleceu um valor, mas sim, o seu amor.
Se realmente fossemos tão bons como o evangelho da auto-estima apregoa, seríamos salvo por méritos e não pela graça.
O evangelho da Cruz, o verdadeiro, não revela o quanto somos bons, belos e puros, ao contrário, a cruz revela nossa miséria e a necessidade de um Salvador.
O apóstolo Paulo conhecia esta verdade, por isso, ele não disse: oh, valoroso homem sou, mas ele afirmou: “MISERÁVEL HOMEM SOU!”
para concluir, asseguramos que o evangelho da auto-estima é uma afronta ao espírito da graça, haja vista que enaltece o homem, a criação e não o Criador e sua graça.
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